quinta-feira, 8 de março de 2012

Aquilo que nem o tempo cura.



Todo fim de tarde que tenho tempo livre, coloco a coleira no me cachorro (filho de estimação) e saímos para dar uma volta, enquanto o sol se despede do dia. Ontem enquanto corríamos numa brincadeira muito particular ouvi uma voz que me deixou com um nó na garganta e me causou um dor indescritível. Olhei para um lado, olhei para o outro e quando me esforcei pra olhar para cima na tentativa de identificar de onde vinha aquela voz, vi um jovem senhor com um aparelho celular em uma das mãos conversando freneticamente o que me fez recordar  de um velhinho que neste mundo "não habita" mais.


 Senti saudade. Saudade do meu avô. Saudade do tempo em que meu nome era princesa, a princesa de cabelos dourados como dizia ele. Senti saudade de contemplar o sorriso lindo que ele exibia, saudade de vê-lo com seus braços enormes abertos e que criava asas e velocidade ao me ver e então sem nem pensar eu me envolvia nos seus braços e era a menina mais feliz do mundo. E foi num dia qualquer, quando eu não estava pronta, ele partiu sem ao menos se despedir. Sequencia de imagens, olhos transbordando, silêncio gigantesco e uma saudade que nem o tempo curou.


Na noite passada resolvi dormir mais cedo, pra ver se esquecia a dor que a falta do meu vô me traz.

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