terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sr. encrenca.


Ontem eu liguei para o meu melhor amigo e o convidei para sair. A gente não se falava havia umas três semanas e justo quando algumas novidades circulavam (e circulam) pela minha vida. De vez em quando a gente some mesmo, e do nada a gente volta a se falar, coisas bobas de quem se conhece demais.
Saímos, fomos a uma loja de conveniência, compramos acarajé e refrigerante ele comprou dois bombons. E com a minha alma relaxada voltei a sentir o soninho que o meu quarto suplica, tamanha é a paz que eu sinto ao lado dele. A gente mais parece cachorro e gato quando estamos cercados por outras pessoas, mas a sós, somos cúmplices, quase irmãos e a gente se cuida sabe? Nunca nos beijamos e jamais tivemos uma relação que não fosse a mais genuína amizade. Ele me conta das meninas e eu conto as coisas mais loucas e intrigantes estórias que me enlouquecem ou fazem bem. Eu acho muito engraçado quando ele solta: Ah, já enjoei ela é muito sem assunto e olha pra mim com o ar de saudade. Ele também ri quando eu digo: Poxa, mas ele não diz o que sente e eu não sei se esse sinal é um aspecto positivo ou não. E então ele olha pra mim com um ar de interrogação, mas o fato de tê-lo por perto e poder abrir o jogo sem receio algum já me causa um efeito anestesiante imensurável. Eu tenho ciúme dele, e ele tem ciúme de mim, mesmo sabendo que somos pra sempre.
Ele me conta da vida maluca em Texas e eu dos livros. São 12 anos de amizade. Ele me viu loirinha, briguenta. Lembro-me dele magérrimo, usando macacão. Ele sempre pagou a minha conta, quando eu estava sem grana. E eu fazia lanchinho pra ele quando aparecia lá em casa. Se ele me acompanha numa festinha os meus amigos novos morrem de rir, por que ele é muito engraçado e divertido. Ah, ele já foi objeto de crises obsessivas de ciúmes dos meus ex-namorados e eu nunca fui amiga das namoradinhas dele. Ele é o bobo que me envia sms dizendo: quariqui, qui, qui –medite nisso. E pasmem, eu choro de rir. Hoje eu posso concluir, ele é o meu amigo, porque sempre volta. E meu coração fica calmo.  Quem tem que ficar, fica. Sem mais.

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