quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O vício do abraço.

Desejos imoderados, ideia fixa, mania. Cada louco com o seu. Tenho vício por jogos eletrônicos, carrinhos de controle remoto, chocolate, sorrisos e abraço. Mas o tal abraço é o vício que me apetece, mania predileta. Simples e sofisticado, tem um som que não comporta no gesto, vai além, tem uma mensagem que talvez somente os mais sensíveis tenham a habilidade de interpretar e tranqüiliza, alivia dores e cura.
O senhor abraço não tem a curiosidade em compreender o mistério, ele acolhe. Não se preocupa com o silêncio, ele ouve as batidas do coração e se satisfaz. Os braços cabem no silêncio, na alegria, na melancolia e dor. É ato delicado, é como o sol que toca à tarde, é lembrança, nostalgia, sensação de bem estar, de estar guardado, enlaçado, protegido, um sufoco bom.
A mania do abraço, acumula levezas, dá risadas, planta um girassol na janela ou como quem recebe uma ligação de quem a gente gosta no meio do nada.
Abraço tem sabor de chocolate, de algodão doce. Abraço tem cenário de ilha, de um lugar bem próximo ao céu. O abraço de tão anestesiante que é me inspira poeticamente a declamar: Ah, eu quero morrer aqui, quero morrer de abraço.
E quem não gostaria de morrer de abraço? Alguém me diga POR FAVOR!

Um comentário:

  1. Enquanto lia seu texto, imaginei aquele som que a gente faz, quando dá um abraço apertado. Uma onomatopéia que eu não sei escrever, mas lembro...
    Free hugs, todos querem

    ResponderExcluir