quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Saudade de cada dia.


A saudade mora em mim, me escolheu, e a medida em que eu crescia fomos ficando íntimas, daí ela se mudou para o meu quarto, se entendeu com os meus travesseiros, se encostou no meu cobertor e achou aconchegante, revirou os meus escritos e se envolveu com os meus ursinhos. Hoje ela dorme e acorda comigo. Somos tão íntimas, que as vezes acho ela bastante inconveniente, pois aparece quando deveria estar dormindo, me fazendo sentir falta desse, disso ou daquele ser.

Se engana quem pensa que a saudade não tem nome, não tem cheiro e nem cor. Saudade é um desejo surreal, é uma vontade incontida, uma dor que não cabe na gente, que as vezes até me deixa contente outrora aperta o meu peito e me deixa tão sem jeito me fazendo chorar.
Saudade é poesia, é refrão de canções; cantarolava o Renato Russo: “Dos nossos planos é que tenho mais saudade.” O Tom Jobim e o Vinícius de Moraes compuseram: “Chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz.”

Seja dolorida, colorida, pode entrar e me habitar saudade minha de cada dia.

Dia 30/01 comemora-se o dia da SAUDADE, fica aqui o meu tributo a todos aqueles que compõem o meu mosaico da saudade, vivos ou mortos pecinhas que me compõem.

Um comentário:

  1. Que texto massa!
    A saudade vira música, poesia e tudo quanto é tipo de arte, mas martiriza, machuca e afins.
    Mas como diria o "saudoso" Kléber Bambam: "Faz parte".
    E sempre que eu penso em saudades, lembro de uma twittada de Alê Bulhões, um veterano de Comunicação: "Saudades é uma coisa fdp". Isso é um fato

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