É engraçado como vivemos sentindo falta de algo, se você é gorda (o) faz de tudo para emagrecer, se você é feia investe até o último centavo em forma de investimento para ser bela (o), se o namoro já deu no que tinha que dar, solteirice pode entrar e se ela adentra, bate carência e pede pra voltar. Se a aprovação no vestibular não chega, a gente desanima, se somos contemplados abrimos alguns espumantes na primeira semana e depois o bicho pega e a vontade é largar a faculdade e voltar pra casa pra quem sabe dormir até o meio dia, assistir seriado o dia inteiro, em outras palavras se graduar em ÓCIO.
Sempre falta alguma coisa...Falta um abraço, um cafuné, um bilhetinho dentro de um livro, uma SMS, grana, aquele amigo, um poema escrito a mão, uma canção inspirada no outro, uma festa, um bombom, um sorriso grande daqueles poéticos, brilho no olhar, sensibilidade, vontade, flores, perfumes, desejo, um toque, um beijo. Tá faltando uma praia, um círculo de conversa que não se remeta a estudos e livros, um amor do tipo de verão, um romance duradouro e amantes amigos, um drinque, uma passagem para um lugar incomum, algo que me faça esquecer essa amarga rotina.
Enquanto o que me falta não vem, eu fico aqui fisgada em um livro na companhia de um chá mate, de músicas leves, ora concentrada estudando outrora bocejando almejando é mais a minha cama quentinha do que esse bando de teoria poética. Não sei se demora muito, mas quer saber tem muita coisa me faltando. Ei moço, uma dose daquele ali e com gelo POR FAVOR!
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